quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Os videogames e o desenvolvimento cerebral

Os videogames e o desenvolvimento cerebral
24 de janeiro de 2010| 9h53| Tweet este Post
Por Rafael Cabral

Um estudo publicado no jornal acadêmico Cerebral Córtex mostrou que a habilidade em videogames depende, em grande escala, do desenvolvimento de setores do cérebro relacionados à capacidade motora e à multifuncionalidade – e também que jogar mais não ajuda muito no fortalecimento dessas áreas. Ou seja: pode cortar essa desculpa.

O estudo testou 29 homens e 10 mulheres, pedindo que elas jogassem o game Space Fortress, criado para a pesquisa. Pela única imagem divulgada, o jogo parece um dos primeiros (e mais toscos) cartuchos do Atari – mas jogabilidade e beleza, com certeza, não estavam entre as prioridades dos desenvolvedores. O game tem o propósito de testar habilidades específicas do cérebro, com as pessoas tendo que alcançar a pontuação mais alta e, ao mesmo tempo, lidar com mudanças de objetivos durante a partida.

Com as imagens da atividade cerebral em mãos, os pesquisadores focaram em duas áreas: as responsáveis pelas capacidades motoras e multifuncionalidade (núcleo caudado e putâmen) e aquela pela qual entendemos as noções de recompensa e punição (o núcleo accumbens). Tudo isso pra quê, afinal? Para confirmar que pessoas que pessoas que entendem melhor o que é bom ou ruim dentro do jogo se dão melhor no final, enquanto os multifuncionais lidam melhor com a troca de prioridades.

O resultado diz que um quarto das performances dos gamers pode ser medida, acredite, pelo tamanho dessas áreas no cérebro de cada um. O objetivo é usar esses dados para desenvolver métodos de aprendizado diferentes para cada perfil e para tratamentos neurológicos.

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