sábado, 6 de julho de 2019

Para que (e a quem) serve o atual jornalismo de games brasileiro?

Interessante matéria-  vamos dar uma olhada!







Para que (e a quem) serve o atual jornalismo de games brasileiro?




Felipe Pepe
Felipe Pepe in Revista Subjetiva




O Brasil é um país pobre, em crise, batendo recorde de desemprego.
Um Nintendo Switch aqui custa mais de dois salários mínimos.
Éramos um país dominado por consoles nos anos 90 e 2000, no auge da pirataria e do CD de “Campeonato Brasileiro” para Playstation 1 por 5 reais. Mas fatores como o alto preço dos consoles novos, a dificuldade em pirateá-los, a crise, os smartphones, os jogos free-to-play e o barateamento dos PCs mudaram radicalmente esse cenário.
Hoje somos o país do League of Legends, CS, dos jogos free-to-play, mobile, etc. No ano do Scorpio e Switch, nosso hit provavelmente será o Mega Drive.
Mas você nunca diria isso lendo os sites de jornalismo nacionais.
Nintendo Switch e Zelda: Breath of The Wild, Horizon: Zero Dawn, Scorpio, PS4 PRO,VR…esses são os grandes temas da mídia nacional. Jogos aos quais uma parcela mínima da população — mesmo entre os gamers — têm acesso.
É como se a revista Quatro Rodas fosse focada em Ferraris e Porsches.
Como chegamos a esse ponto?
A nova mídia
O Warpzone tem uma retrospectiva fascinante sobre a história do jornalismo de games no Brasil, desde a Odyssey Adventure em 1983 até hoje.
O ponto chave é quando, no início dos anos 2000, sites independentes feito por fãs começam a surgir — Jovem Nerd, Omelete, PS2 Millenium, Judão, Delfos, etc. Com a explosão da internet, a “blogosfera” acabou por substituir as antigas revistas de jogos, se tornando a grande mídia “nerd” e dos games.
Mas o que se perdeu nessa transição, ao se trocar equipes de dezenas de jornalistas por blogueiros, casters e “personalidades” cheias de opinião?
Ironicamente, perdeu-se o contato com a comunidade em geral e criaram-se grupinhos isolados. Perdemos repórteres com anos de experiência, ficamos com “nerds” falando sobre o que gostam. E só sobre o que gostam.
A Perda de Conteúdo
As revistas tinham reviews péssimos (o que ainda existe hoje), mas também ajudavam a galera a descobrir o mundo dos games: como montar um PC que rode Unreal, como criar mapas para Counter-Strike, como “destravar” seu Super Nintendo, a diferença entre sistemas NTSC e PAL-M, etc.
Outra coisa extremamente útil eram as traduções ensinando a jogar jogos em inglês (ou até japonês!). Quem é da época se lembra da Gamers Book: a lendária primeira edição vinha com um detonado de 82 páginas traduzindo TUDO de Final Fantasy VII — te explicava as mecânicas, a história, os chefes, como criar chocobo, etc. E ainda vinha com páginas sobre Vampiro: A Máscara, explicando o RPG, os clãs, a lore, etc.

acesse toda matéria em http://bit.ly/2NDLMHc

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