quinta-feira, 27 de junho de 2019

LEGO - ATENTO E FORTE E AGORA EM VERSÃO BRAILLE

OLE KIRK CHRISTIANSEN POR http://bit.ly/31VlR0N


foto por :http://bit.ly/2Lnbs8n

Mesmo sendo um artefato industrial, o Lego mantem sua tradição e vive ,vive e vive. Poucos jogos industriais se proliferam em mil e tantas utilidades quanto este.
Segundo a wikipedia  a Lego-


"O LEGO é um brinquedo produzido pelo LEGO Group, cujo conceito original se baseia em um sistema patenteado de peças de plástico que se encaixam, permitindo inúmeras combinações. É fabricado desde meados da década de 1950, popularizando-se em todo o mundo desde então...A história da empresa e dos brinquedos LEGO está associada a uma origem humilde, na oficina de Ole Kirk Christiansen, um mestre carpinteiro da Dinamarca. A inovação que trouxe à sua pequena empresa familiar, prosperaria e se tornaria uma das mais respeitadas empresas do segmento de brinquedos no mundo..


Uma versão não-oficial desse trecho da história, atribuída a um antigo empregado da oficina de Ole Kirk, sugere que a mudança de linha para a produção de brinquedos deveu-se mais ao incentivo do governo dinamarquês que à iniciativa do proprietário. Em 1932 a oficina estava quase fechando as suas portas quando a agência de desenvolvimento local sugeriu ou de algum outro modo encorajou o proprietário a fabricar brinquedos.

Da fábrica de brinquedos ao nome LEGO[editar | editar código-fonte]

Ambas as versões concordam em que 1932 foi o ano em que brinquedos de madeira começaram a ser manufaturados e comercializados por Ole Kirk. Entre os itens produzidos encontravam-se carrinhos de puxar, porcos-mealheiros (cofrinhos), carrinhos e caminhões. A iniciativa conheceu um relativo sucesso, mas à época as famílias encontravam-se empobrecidas e freqüentemente eram incapazes de adquirir esses brinquedos, tendo fazendeiros da região por vezes trocado alimentos por esses brinquedos. Ole Kirk compreendeu que deveria continuar a produzir mobiliário verdadeiro de modo a se manter no negócio. Em meados da década de 1930 o modismo do ioiô, proporcionou-lhe um breve período de atividade, até ao seu súbito desaparecimento. Mais uma vez Ole Kirk converteu a desvantagem a seu favor, reaproveitando as partes não-utilizadas nos ioiô como rodas em um caminhão de brinquedo. Neste período, o seu filho Godtfred Kirk Christiansen, começou a trabalhar na oficina, vindo a ter uma ativa participação nos negócios.
A partir de 1934, então empregando seis funcionários, a empresa de brinquedos adotou o nome LEGO. Nesse ano, Ole Kirk promoveu um concurso entre os seus funcionários,[1] oferecendo como prêmio uma garrafa de vinho caseiro. Ole Kirk considerava, pessoalmente, dois nomes: Legio (no sentido de uma "legião" de brinquedos) e Lego, uma expressão criada a partir da frase em dinamarquês leg godt, com o significado de "brincar bem". De acordo com a versão do LEGO Group., anos mais tarde, a palavra lego, em latim significa eu ponho junto ou eu uno, embora isso seja, na realidade, uma tradução demasiado livre de uma forma verbal traduzida academicamente como "eu leio" ou "eu reúno".
A linha de brinquedos de madeira continuaria em produção até à década de 1960.

A década de 1950: o advento do plástico[editar | editar código-fonte]


Evolução dos tijolos LEGO entre 1949 e 1958.
Quando o uso do plástico começou a se difundir, Ole Kirk acompanhou a tendência e começou a produzir brinquedos desse novo material. Um desses primeiros brinquedos produzidos era modular: um caminhão que podia ser desmontado e remontado. Em 1947, Ole Kirk e seu filho Godtfred obtiveram amostras de tijolos plásticos que se encaixavam, produzidos pela empresa inglesa Kiddicraft. Os chamados Kiddicraft Self-Locking Building Bricks, foram projetados e patenteados por Hilary Harry Fisher Page, um cidadão britânico.[2][3] No ano seguinte, a empresa começou a produzir e a comercializar uns tijolos semelhantes, denominando-os como Automatic Binding Bricks. Estes tijolos de plástico, fabricados em acetato de celulose, tendo sido desenvolvidos no mesmo espírito dos tradicionais blocos de madeira coloridos, que podiam ser empilhados uns sobre os outros, entretanto apresentavam como novidade a capacidade de serem "presos" juntos. Para isso, possuíam diversos "botões" redondos no topo e um fundo retangular vazado. Eles podiam ser mantidos unidos, mas não tão fortemente que não pudessem ser separados. Em 1953, esses blocos ganharam um novo nome: LEGO Mursten ou "tijolos" LEGO..."
Segundo o Jornal de Noticias - PT-

"Está tudo programado para o início do próximo ano. A LEGO decidiu ajudar as crianças cegas ou com problemas de visão a aprender braille, e por isso vai lançar blocos que ensinam a ler e escrever através dos dedos e do toque.
Nesta versão, os populares blocos terão letras impressas – para que quem tenha visão perceba e possa ajudar e também jogar – e, ao lado, os pontos elevados das letras do alfabeto e também dos números em braille.
A ideia surgiu de duas instituições de solidariedade, que lançaram o desafio à marca. Os novos legos já estão a ser testados e deverão ser entregues às instituições que precisam ou queiram gratuitamente, em 2020. E estas peças “especiais” encaixam em todos os blocos e construções já existentes no mercado! Diz lá que não é uma boa ideia?
A Organização Mundial de Saúde estima que existem 19 milhões de crianças em todo o mundo com problemas de visão e, destas, perto de 1 milhão e 400 mil têm cegueira irreversível."http://bit.ly/2Lnbs8n

E lá vai o Lego.........

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Games são entretenimento para 66% dos brasileiros -

No estudo PGB, gamers são aqueles que têm o hábito de jogar jogos digitais, independentemente de estilo, frequência e conhecimento (Crédito: Divulgação)



O Jornal Meio e mensagem publicou matéria sobre  Games no Brasil.Interessante e de importância a localização  de quem são este  brasileiros:Classes A e B até 34 anos.
Ao mesmo tempo a matéria nos oferece as principais plataformas ou suportes para esses Games.
Nós que fazemos educação temos que nos ater a isto, ler estudar, conhecer para fazermos uma mediação junto aos alunos. Como diria Paulo Freire este é um fonte de mediação geracional- ou um modus gerador- palavra geradora, ou se preferirmos uma Zona Proximal , como no entendimento de Vygostky. Paulo Vasconcelos.



Games são entretenimento para 66% dos brasileiros -  
Pesquisa Game Brasil aponta que homens de classe A ou B de até 34 anos são o principal público de videogames
http://bit.ly/2LdRQ6x
A maioria dos brasileiros (66,3%) joga games eletrônicos. Entre as principais plataformas de jogo, estão smartphone (83%), videogame (48,5%) e notebook (42,6%). Além disso, praticidade (29,2%), ter sempre em mãos (28,1%), possibilidade de jogar em qualquer lugar (27,8%), acessibilidade (21,0%) e qualidade de imagem (17,6%) são itens buscados pelos consumidores em plataformas de jogos digitais.
Os dados são da sexta edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), realizada em fevereiro deste 2019 com 3.251 pessoas. A pesquisa considera gamers aqueles que têm o hábito de jogar jogos eletrônicos, independentemente de estilo de game, frequência ao longo da semana, duração de partidas e conhecimento sobre jogos, softwares e hardwares.
Segundo o estudo, o público principal de videogames são homens de classe A ou B de até 34 anos, os hardcore gamers. Já entre os casual gamers, os que não se consideram jogadores ávidos, estão as mulheres de 25 a 34 anos.
A PGB também mapeou o conhecimento de jogadores brasileiros em e-Sports: 60,3% afirmaram conhecer a modalidade; desse número, 48% praticam. Em relação aos espaços de consumo, 60,6% do público hardcore acompanha partidas pelo YouTube, deixando para trás Facebook (38,4%), TV paga (34%) e Twitch (21,2%).

A prática de consumir jogos, de acordo com o estudo, está veiculada a outras atividades: assistir à TV (48,3%), escutar música (41%), navegar na internet (23,5%), comer (23,5%) e beber (23,3%). Os hardcore gamers costumam consumir mais alimentos que o casual gamers como refrigerantes (39%), salgadinhos (38,1%) e sucos (35,7%). Entre essa primeira categoria de gamers, 15,9% não consomem vídeos por streaming.
A pesquisa ainda expõe que 41,3% dos pais discordam —  totalmente ou parcialmente — que os jogos digitais levam ao comportamento agressivo. Entre os pais gamers, 41,6% concordam — totalmente ou parcialmente — que os jogos podem atrapalhar a aprendizagem de seus filhos.
Na América Latina, 52,6% têm o costume de jogar jogos eletrônicos, independentemente da plataforma. Entre os jogadores, 50,3% são homens e 49,7%, mulheres. Nessa região, o smartphone destacou-se como a principal plataforma de jogo, com 81% — na frente de videogame (33,3%) e de tablet (19,8%).
Confira mais dados da sexta edição da Pesquisa Game Brasil:

*Crédito da foto no topo: Jaroslav Nymburský/Pexels




terça-feira, 25 de junho de 2019

Mercado de games no Brasil | Conexão

A Verdade sobre o Mercado de Games no Brasil | Fábrica de Jogos

A escola não pode ser uma empresa porque a lógica da educação não é a do mercado






... devemos estudar por amor ao conhecimento, por amor à aprendizagem, para que sejamos homens e mulheres livres. Os alunos têm de compreender que não há saber sem conhecimento e que só se é livre se formos sábios. E isso não têm nada a ver com o mercado e com aquilo que este pede.


A minha grande insatisfação com a universidade Privada sempre foi com a grade curricular e por interesses econômicos, ou seja, menos disciplinas, menos professores , maior lucro. De outro lado há uma necessidade de incorporar apenas o saber técnico, desta feita as disciplinas da área de humanas são excluídas por não ter  um caráter técnico e como se  fosse algo nao inútil.
Lembro-me que fui demitido de uma dessas Universidades Privadas com a alegação de que a disciplina que eu lecionava nao estava mais na grade curricular . Na época  era Antropologia Cultural, isto no curso de Engenharia e suas especializações como: Elétrica,Ambiental de Produção , área de Informática etc.
 Buscava nesta disciplina discutir o caráter  da matéria dentro das categorias do espaço, tempo, e velocidade, enfim da produção/consumo. Embutia aí o  conceito de cultura e como esta se envolvia com aquelas categorias e como as mesmas se moviam dentro da história.Ao mesmo tempo, sublinhava como o homem se inseria e era visto com vistas ao mercado e como o  mesmo o reduzia ou o deformava.
De início os alunos contestavam, mas logo logo eles se abismavam com outro lado da questão que eles não enxergavam no  seu dia a dia. Paulo Vasconcelos
O artigo que vem abaixo, copiado, enquadra-se exato com minhas inquietações, leiam:
...
O professor universitário Nuccio Ordine contesta as “universidades-empresa” e defende mais investimento na educação, nomeadamente nos estudos clássicos.
Nuccio Ordine** acabou há pouco um périplo pela América Latina, depois Lisboa, onde realizou a conferência “A utilidade dos saberes inúteis”, na Torre do Tombo, a convite da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A conferência está baseada no livro que publicou em 2013.
O livro “A Utilidade do Inútil”, publicado pela Kalandraka, foi traduzido para 20 línguas, está em 30 países e já vendeu mais de 200 mil exemplares. Neste, o professor italiano da Universidade de Calabria, filósofo e especialista na obra de Giordano Bruno, critica a lógica do lucro que chegou ao mundo do ensino e da investigação e propõe uma reflexão sobre quais são os verdadeiros saberes que podem ajudar a sair da crise.
Abaixo a entrevista concedida à Bárbara Wong, do jornal ‘Público’*
Finalizando Nuccio Ordine cita Victor Hugo e a necessidade de se investir na educação: “Seria necessário multiplicar as escolas, as disciplinas, as bibliotecas, os museus, os teatros, as livrarias.”
Actualmente temos gente muito competente à frente de empresas ou de governos, altamente especializada, mas que não sabe identificar uma peça de Bach ou nunca leram Thoman Mann. A escola falhou?
Esse é o grande problema da contemporaneidade: temos gente super especializada e que perdeu o sentido geral e global do saber. Hoje as escolas e as universidades preparam os alunos para seguirem uma especialização e isso é muito perigoso. Estas devem proporcionar uma cultura geral. Einstein já dizia que a especialização mata a curiosidade e esta está na base do avanço da ciência e da tecnologia. Por exemplo, a actual directora do CERN [o laboratório europeu de física de partículas] é uma italiana [Fabiola Gianotti] que fez estudos clássicos no liceu, aprendeu piano durante dez anos, mas é uma grande física. Os maiores arquitectos italianos, como Renzo Piano, fizeram estudos clássicos. Portanto é preciso ter uma cultura geral de base.
O que é preciso mudar no ensino?
O meu livro é um grito de alarme. Quando pergunto aos meus alunos por que estão na universidade, respondem-me que é para obter um diploma. Um diploma não serve para nada! Há uma visão utilitarista da educação que mata a ideia de escola. Vamos à escola para sermos pessoas cultas! Para sermos pessoas melhores, para sermos éticos, não importa o curso.
Na apresentação do meu livro, viajei de Norte a Sul de Itália e os estudantes diziam-me: “Professor, adoro os gregos e os latinos, mas os meus pais perguntam-me ‘o que vais fazer com literatura? Porque não te inscreves num curso onde possas vir a ganhar dinheiro?’ Isto é a corrupção da ideia do que deve ser a universidade! É corromper os estudantes. Temos médicos que o são porque ganham muito dinheiro e não por razões humanitárias e não pelo que prometem no juramento de Hipócrates. Esta corrupção – a ideia de ganhar muito dinheiro – atravessa a sociedade inteira, chega à política, à economia. Por isso temos corrupção no mundo inteiro.
Costumo ler uma história belíssima de Kavafis [poeta grego, 1863-1933] sobre Ítaca, a história de Ulisses, que diz que a experiência da viagem é que fará de ti um homem rico, fará de ti um homem melhor. Se não fizeres essa experiência, de nada te servirá chegar a Ítaca.
Isso significa?
Significa que devemos estudar por amor ao conhecimento, por amor à aprendizagem, para que sejamos homens e mulheres livres. Os alunos têm de compreender que não há saber sem conhecimento e que só se é livre se formos sábios. E isso não têm nada a ver com o mercado e com aquilo que este pede.
No seu livro critica as universidades-empresa.
Contesto a ideia de que as universidades sejam empresas. A nossa missão não deve ser vender diplomas que os estudantes compram. Isso é uma enorme corrupção. A escola não pode ser uma empresa porque a lógica da educação não é a do mercado. O princípio da educação é aprender a ser melhor, para si mesmo e não para o mercado. O que vemos na City em Londres [no centro financeiro britânico] são pessoas com elasticidade mental, pessoas que vêm dos estudos clássicos ou da filosofia porque compreendem melhor o mundo do que os especialistas em economia ou programação.
As consequências da Declaração de Bolonha, que veio alterar a forma como o ensino superior está organizado, são negativas?
Bolonha foi muito dura para o futuro do ensino. Há coisas graves, a começar no léxico, as palavras não são neutras, têm significado, e quando as primeiras palavras que os alunos aprendem, quando chegam ao ensino superior, é “créditos” e “débitos”, impomos uma lógica da economia no ensino. As universidades recebem financiamento consoante os seus resultados, quanto mais alunos com sucesso, mais financiamento recebem, e assim baixa-se o nível para todos passarem. Ninguém vai avaliar a qualidade, só a quantidade. Deixa-se de financiar as pesquisas de base, mas se não fossem essas não seria possível fazer ciência. As grandes revoluções são fruto de pesquisas de base. Por isso, é preciso redireccionar as coisas porque o inútil de hoje pode ser o útil de amanhã.
Que modelo de escola é que defende?
Costumo contar aos meus alunos que Albert Camus, quando ganhou o Nobel da Literatura, fez duas coisas: escreveu uma carta à sua mãe e uma ao seu professor da escola média [3.º ciclo do básico], Louis Germain. Foi ele que o incentivou a continuar a estudar, porque Camus era bom aluno, embora pobre. Camus agradeceu ao seu professor tudo o que fez por ele. É essa a escola que quero! Uma escola em que o professor e o aluno estejam no centro e os professores não estejam soterrados em burocracias. Os professores perderam a paciência para ensinar e a paciência tem de estar no centro da pedagogia.
E os pais? O que podem fazer para criar seres humanos mais completos: dar um computador ou um smartphone ou levar os filhos ao teatro ou a um concerto?
Comprar o computador e levá-los ao teatro, a ler poesia, a ouvir um concerto porque tudo isso pode mudar a vida de uma pessoa. A música pode fazer milagres, como pode a ciência. O poder libertado do utilitarismo pode tornar a humanidade mais humana.
*Entrevista originalmente publicada no jornal português ‘Público’, 21.10.2017.
http://bit.ly/2FAY1wb
**Nuccio Ordine é professor, filósofo e crítico literário italiano, um dos mais importantes estudiosos da Renascença na atualidade, especialmente sobre o filósofo Giordano Bruno.

Livro infantil reúne brincadeiras de 20 países africanos

Por mais que se cogite que a brincadeira infantil é morta enganamo-nos. Ela vive ,pois o mundo é largo e existem muitas crianças e adultos que ajudam a memória da infância, destacadamente aquelas de menor poder aquisitivo,em que o consumo não derrocou a história lúdica. A revista Prosa e Verso http://bit.ly/2LgF1It- nos dá uma matéria que vale a pena ser lida e pensada para a efetiva ação nossa junto as crianças.  Paulo Vasconcelos 

Livro infantil reúne brincadeiras de 20 países africanos

©Marilia Pirillo/Editora Melhoramentos

Por Renata Penzani*
Gadidé, Surumba-Surumba, Chakyti-Cha, Corrida de Três, Osani, A Serpente e Nngapi são algumas das brincadeiras que aparecem neste livro cheio de diversidade
“Vivemos em geografias diferentes, mas estamos sentados na mesma varanda.” A frase é do escritor moçambicano Mia Couto, e diz respeito a algo que intuitivamente já sabemos, mas nem sempre nos lembramos: todos as pessoas, não importa onde esteja, têm em comum a sua humanidade, e estamos todos integrados por uma linguagem universal, o brincar.
Sensibilizar as crianças sobre isso é a proposta do livro infantil “Kakopi, kakopi! Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos” (editora Melhoramentos, 2019), escrito por Rogério Andrade Barbosa, e ilustrado por Marilia Pirillo.
A obra é uma continuação de “Ndule Ndule – Assim brincam as crianças africanas“. A partir de um mapa da África, os pequenos leitores ficam sabendo quais são as brincadeiras mais comuns por lá, e entendem como e com que as crianças africanas se divertem. Gadidé, Surumba-Surumba, Chakyti-Cha, Corrida de Três, Osani, A Serpente e Nngapi são algumas das brincadeiras que aparecem no livro. Descobrir o que elas são e como se brinca é parte da brincadeira do livro.
©Marilia Pirillo/Editora Melhoramentos

“Kakopi, Kakopi”, a brincadeira que intitula o livro, vem da Uganda e pode ser traduzido como “As Pernas da Galinha”.
O autor é professor e palestrante, internacionalmente premiado por seu trabalho na literatura infantojuvenil. Especialista em cultura africana e ex-voluntário das Nações Unidas na Guiné Bissau, é autor de mais de 100 livros publicados e de diversos prêmios, incluindo o Prêmio Ori, uma homenagem a profissionais que se destacam pela valorização da matriz negra na formação cultural do Brasil.
Neste livro, ele compartilha o fruto de uma pesquisa sobre brincadeiras das crianças de diversos países da África, e reforça a universalidade do brincar na formação de identidade do sujeito. “Criança é criança em qualquer lugar. Não existe uma que não goste de se divertir por horas a fio por todos os recantos do nosso planeta. E no vasto continente africano não poderia ser diferente.
©Marilia Pirillo/Editora Melhoramentos

“As brincadeiras coletadas com estudantes de várias partes do continente africano por Korir e Chentai, duas crianças de uma escola queniana, foram tantas, que elas tiveram dificuldade em selecionar as mais divertidas para o trabalho que o professor havia dado para os alunos de sua turma no ano passado. Foi só agora, no primeiro semestre do novo ano letivo, que elas puderam pôr um ponto final em sua pesquisa.
“A África é imensa. E a palavra-chave para entendê-la é diversidade”, diz o autor, Rogério Andrade Barbosa.
©Marilia Pirillo/Editora Melhoramentos

O livro reúne diferentes brincadeiras de países como Quênia, Angola e Marrocos. Pela diversidade que apresenta, o livro pode inspirar tanto as crianças quanto os adultos, que podem utilizar as ideias de brincar em casa e na escola, ampliando as possibilidades lúdicas da brincadeira. Confira algumas:
Nyama (Quênia)
Meninas e meninos, em pé e sem dar as mãos, formam uma grande roda, tendo ao centro aquele que foi escolhido para ser o líder do jogo. Ele, então, passa a gritar o nome de uma série de animais que tenham carne, enquanto o restante do grupo presta atenção para não errar na resposta. Se o líder, por exemplo, disser o nome de um bicho que tenha carne: – Javali! – as crianças imediatamente têm de saltar e gritar todas juntas: “Nyama!”
A serpente (Zâmbia)
As cobras, tão misteriosas, estão sempre presentes nas brincadeiras africanas. E na Zâmbia não poderia ser diferente. Para brincar, formam-se dois grupos, cada um composto por cinco crianças, sentadas no interior de um quadrado. Todas, menos a que vai à frente, seguram-se pela cintura com as pernas enganchadas, uma atrás da outra. As duas equipes, antes de o jogo começar, se posicionam em ângulos opostos do quadrado. Ao centro, fica a criança apontada para ser um antílope. A meninada, simulando o rastejar insinuante das serpentes, sai, arrastando os bumbuns, à capa do antílope.
©Marilia Pirillo/Editora Melhoramentos
Mocho (Moçambique)
Brincadeiras de esconde-esconde em Moçambique, assim como em vários países africanos, são praticadas preferencialmente à noite. A coruja, ave conhecida por sua visão noturna, é chamada pelas crianças do povo Sene de “mocho”. E esse é o nome do seguinte jogo: enquanto os pequeninos envolvidos na brincadeira ficam de costas, o que foi escolhido para ser o mocho, aproveitando-se da escuridão, procura um lugar para se esconder. Depois um breve espaço de tempo, os outros saem ao encalço da dona da noite. O primeiro a achar a coruja não avisa a sua descoberta a ninguém. O que ele ou ela faz é juntar-se ao mocho. Desse modo, os dois ficam quietinhos no esconderijo enquanto os demais continuam na busca. E, assim por diante, vão se reunindo até todos ficarem juntos.
CURIOSIDADE!
Você sabia que, em Moçambique, esconde-esconde se brinca à noite? Sabia que o povo Zulu, na África do Sul, chama o leão, poderoso senhor das savanas, de “Mbube”. Em Gana, é comum as crianças brincarem de imitar hienas, o que é motivo de boas gargalhadas. Já em Togo, uma das brincadeiras mais populares nos jardins de infância é o “Tum tum”, um jogo em que se usa um pequeno pilão para estimular a capacidade auditiva das crianças.

domingo, 16 de junho de 2019

O JOGO E PIAGET - PAULO VASCONCELOS - EBOOK -AGORA NA AMAZON-KINDLE

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ABRINDO

A obra apresenta a construção teórica do jogo-brincar brinquedo-brincadeira. Contempla-se a historicidade da infância, seus conceitos, mutações e relativismos dentro de quadros multipolares. 

São levantadas as influências variadas de diversos campos epistêmicos afim de talhar para melhor discernimento e historicidade do lúdico na infância. Assim, o estudo classificatório do jogo, além da proposta de Jean Piaget, passa por outros autores, o que sublinha o ineditismo da obra, agregando as experiências semióticas de vários autores, incluso a de Jean Piaget de modo a estabelecer quadros comparativos, a exemplo de Vygotsky. 

No quadro semiótico, a validade se dá na contemplação de uma rede sígnica estruturada e estruturante da criança, permitindo entender este suporte a partir do desenvolvimento cognitivo e imaginário infantil e de sua comunicação lúdica face às estratégias do jogo. Portanto, o jogo é algo amplo que não se reduz a um lúdico apenas, mas o inclui. A obra é para iniciantes e iniciados que desejam desvendar a amplitude do jogo-lúdico-brinquedos e brincadeiras.