sábado, 26 de dezembro de 2009

CASO Sean e David Goldman: Sequestro


Embora concorde com algumas interfaces postas nesta matéria,como o ocultamento da mãe em sair dos EUA e depois pedir divórcio e o caso do padrasto em falsificação ideológica, o que está em jogo é Sean Goldman e seus laços afetivos constituídos , até então,nada justifica esse rapto, feito com acordos econômicos, e a entrada da mídia o que equivale aos mesmo conluios da mãe e do padrasto.O que tem que ser pensado é a criança.


retirado de :http://direitocomum.wordpress.com/2009/03/04/caso-sean-e-david-goldman-sequestro/


Prometi alguns posts para o blog, como um artigo sobre a constitucionalidade da Lei Maria da Penha, mas, por conta de algumas atividades, tanto da faculdade, como do meu trabalho, não consegui cumprir nada. O máximo que fiz foram dois pequenos comentários sobre dois filmes excelentes para o universo jurídico…

De qualquer maneira, hoje não estou vindo aqui me redimir, ainda, estou vindo aqui divulgar uma notícia que, incrivelmente, ainda se encontra no submundo do universo midiático.

A notícia não é nova, muito menos desconhecida do universo jurídico brasileiro, mas, incrivelmente, ainda não suscitou debate e divulgação da mídia por ser a família de um dos envolvidos no caso extremamente $influente$ no Rio de Janeiro.

Vamos ao assunto?

Conheci o caso “Sean e David Goldman” por meio da Naiara, amiga virtual que sempre freqüenta meu outro blog, o Uma Fábula sobre a Vaidade. A Nai me passou os links para os excelente blogs “Síndrome de Estolcomo” e “Adventures of a Gringa in Rio” e, desde então, só penso no caso desse pai e filho que estão impossibilitados de se encontrar pelos vícios da justiça brasileira.

Vou publicar agora, na íntegra, o resumo sobre o caso. Escrito pela Rachel (Americana que vive no Rio), do blog “Adventures of a Gringa in Rio”, a convite da dona do blog “Síndrome de Estolcomo”, o resumo é excelente e assusta os mais sensíveis.

Boa leitura:



“O caso do Sean Goldman é extremamente complicado e inspira muita emoção, raiva e confusão. Por isso, é importante pensar na sua própria família quando ler os detalhes do caso, em vez de enfocar na nacionalidade. Enquanto você for lendo, pense: o que você faria se seu filho foi sequestrado?

No 16 de Junho de 2004, o americano David Goldman despediu-se do seu filho Sean, no aeroporto da Nova Iorque, quando o Sean e sua mãe saíram de férias para duas semanas no Brasil. O David não sabia nesse momento, mas a mulher brasileira dele estava no processo de sequestrar o Sean e levar ele ao Brasil, sem nenhuma intenção de voltar para os Estados Unidos. Por quatro anos e meio, o David está lutando muito contra o sistema jurídico brasileiro para ganhar a guarda do Sean de volta e trazer ele para casa em Tinton Falls, New Jersey, EUA.

A corte no Rio de Janeiro deu guarda para a mãe, ela também conseguiu um divórcio e casou de novo com um advogado (importante). Aliás, o mesmo advogado que ela contratou para fazer o processo do divórcio. Ele já foi casado e é possível que ainda era casado quando conheceu a mãe do Sean. Mas, Agosto passado, a mãe do Sean faleceu no parto, dando luz à filha do novo marido brasileiro.

Depois disso, o padrasto do Sean mudou a certidão de nascimento dele, apagando o nome do pai real e colocando o próprio nome. Hipócrita incrível, o padrasto é advogado de família e trabalha para pessoas exatamente como o David, ajudando pessoas com filhos sequestrados. Mas sua família é rica, conhecida, tem muito poder no Rio de Janeiro e está conseguindo ficar com a criança.

David está tentando usar os meios oficiais e legais para conseguir seu filho de volta, principalmente a Convenção da Haia, que trata de sequestros de crianças. Porém, quando a corte do Rio deu permissão para o David visitar o filho em Outubro, o padrasto do Sean sequestrou o menino para prevenir a visita. Ninguém foi atrás dele.

O tempo foi passando e uma “mediação” entre o David e o padrasto foi marcada. Essa mediação acontece há duas semanas. Agora, em Fevereiro, a corte concedeu outra visita, e David finalmente conseguiu ver o filho depois de quase cinco anos, passando quatro dias no Rio de Janeiro. Mas, voltou para casa depois da sexta vez no Brasil sem o filho. A corte suprema federal decidiu que o caso será decidido na Brasília, longe dos juízes cariocas na bolsa da família do padrasto.

Outro fato sobre o padrasto: incrivelmente, está processando o David, entre outras coisas, para custos de advogado. Segundo a lei brasileira e internacional, o Sean tem que estar na custodia do pai biológico, um fato ignorado pelo padrasto, apesar de ele ser advogado. Dizem que “quem rouba tostão é ladrão; quem rouba milhão é barão.” Mas, quem rouba criança é o que?

Enquanto a mídia americana está cobrindo o caso extensivamente, incluindo uma especial do Dateline da NBC, a mídia brasileira ficou em silêncio. A corte brasileira emitiu uma ordem que proíbe que a reportagem seja feita pela imprensa, suprimindo esta história trágica de um menino separado do pai, contra os desejos dos dois. Só a revista Piaui escreveu sobre o caso, apesar de umas historiazinhas pequenas na Internet e uma história com nomes falsos no Estado de São Paulo.

O David está nesta batalha da sua vida e está enfrentando algumas famílias muito poderosas e influenciais do Rio de Janeiro, que estão fazendo todo o possível para não deixar que ele veja o Sean, seu próprio filho. Ele já tentou todas as opções legais possíveis nos Estados Unidos e no Brasil, com um grande custo financeiro e emocional.

O Congresso americano já se envolveu no caso com uma resolução do House of Representatives e vários senadores escrevendo para o Presidente Lula. É muito possível que o Presidente Obama vá discutir o caso com o Lula na reunião deles em Março.

O Sean permanece na custodia do padrasto, refém no Rio.

Veja a historia completa do caso:

www.bringseanhome.org

Outros links:

http://www.youtube.com/watch?v=_jrpvV9xEFQ http://riogringa.typepad.com/my_weblog/the-goldman-files.html

http://www.msnbc.msn.com/id/21134540/vp/28952002#28952002

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